quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Poesia - A Vida

Não!
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Prosseguindo, terá em sua mente:


A condenação é apenas um prelúdio,
Assim como o suicídio, um prelúdio.
A vida é uma bênção num inferno sagrado,
Que se renova com sangue demasiado profanado.


A tormenta flamejante manifesta-se,
Como interpretam-se as sutilezas do cotidiano.
E a comporta enferrujada decompõe-se,
Como demonstram-se as maquinações do mundano.


Orquestrações vulcânicas atingem o topo,
E a luz derruba até o mas triste misantropo.
Calor do fluxo oblitera a perdida existência,
E o pseudo vivo percebe a antiga inexistência.


Cotidiano torna-se a pior das maldições,
E as multidões queimam-se nas erupções.
Olham para si mesmos os mais eruditos,
Pois sabem que vem do interno o mais desesperado dos gritos.


Acorda o morto, renasce a Fênix,
Vive o tudo do nada, e de repente,
Adquire-se a consciência de que o cima,
Nada mais é e nunca foi, que o baixo.

Erich William von Tellerstein.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Poesia - O Gritar do Abominável


Quando os trovões infernais ecoam,
Sente-se apenas o Vil interminável.
E quando todos os corvos voam,
Ouve-se apenas o gritar do abominável.


Como quando se esta próximo ao poço,
Prestes a dar-se um fim tenebroso.
Ou como quando se alcança o esboço,
Da morte inescrutável num buraco cavernoso.


Vil este que seculariza uma atmosférica podridão,
Através de maquiavélicas feições de cão.
Demônios das mais profundas fendas abissais,
São estes de feições flamejantes e colossais.


Manifesta-se o horrendo, atrai-se o desastre,
E todos reparam que COMPÕEM este desastre.
Então, por fim, ouvem os trovões infernais,
E logo mais terminam SENDO infernais.


Como quando se vive neste abismo transitório,
Conhecido como planeta terra ou mal ilusório.
Ou como quando se alcança a majestosa consciência,
De que todos nós atuamos num teatro de demência.

Erich William von Tellerstein.