Vossa Ingenuidade já viu da maldade?
Não? Contar-vos-ei então com sinceridade:
Era uma vez uma bruxa terrível e vaidosa,
Que aprisionou em viola vil e asquerosa,
Humanos de inocente e bondoso coração.
Utilizou de sórdida feitiçaria redutora,
Para pô-los à mercê duma música sedutora,
Tocada por velhas mãos sob ardente comoção,
Para mantê-los energéticos à gélida vibração.
Vós vos espantais com tal estranha realidade?
Esperai pela continuação triste de crueldade:
Humanos de benevolente e caridoso coração,
Hipnotizados com serpeante aquosa tentação,
Afogando-os em dissonante e trágica notação,
Tristes a cantar: Libertai-me! Libertai-me!
A fim de salvar suas vidas firmes se seguravam,
Nas cordas da viola, enquanto a música aturavam.
Diabólicas risadas infelizmente se ouvia,
Nada podiam fazer, pois a vida se dissolvia!
Muito pequenos estes sob cheirosa madeira morriam,
E deixavam seus ossos; conformados lá padeciam.
Vós lestes neste interminável momento mero exemplo,
Do que a mente pode fazer longe de seu sacro templo.
Erich William von Tellerstein.