Espectral chama conjurou-se vil,
Ante um horrível luminoso corte,
Em incorpórea aparição com morte,
Lá na montanha azul dos mortos mil.
Sob tenebrosa tempestade cósmica,
Encaminhando uma terrível praga,
A mim, infausta viandante chaga,
Cambaleando numa dor ilógica.
É essa, fenda de infernal presença,
Que monstruosa cria com descrença,
Lá, sopra ardente, encobrindo luz.
Com sofrimento ousou queimar-me forte,
Qual salamandra furiosa à sorte.
Deixou-me morto, a jorrar-me o pus.
Erich William von Tellerstein.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
terça-feira, 19 de abril de 2011
Soneto - Soneto à Morte Cósmica
Universo escuro, oh! Mostrai-me,
O que reside lá, pós um andaime,
A suportar gosmenta estrutura,
Que de mim elimina estatura,
Por noturnos lunares sonhos; morte!
Que com horrível cósmico esporte,
Dispersa toda abóboda celeste,
À moda rastejante duma peste.
Abismos infinitos, ressurgi!
Erguei-vos comensais, aqui, urdi!
Contemplai-me o ser, a padecer!
Iluminai-me cá, com luarenta
luz, oh minha incontável criatura,
Que a outros concede morte lenta.
Erich William von Tellerstein.
O que reside lá, pós um andaime,
A suportar gosmenta estrutura,
Que de mim elimina estatura,
Por noturnos lunares sonhos; morte!
Que com horrível cósmico esporte,
Dispersa toda abóboda celeste,
À moda rastejante duma peste.
Abismos infinitos, ressurgi!
Erguei-vos comensais, aqui, urdi!
Contemplai-me o ser, a padecer!
Iluminai-me cá, com luarenta
luz, oh minha incontável criatura,
Que a outros concede morte lenta.
Erich William von Tellerstein.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Poesia - Caminho do Abismo
Dor a dançar e,
Morte a lançar,
Foices de ferro,
Choros num berro.
Vil labirinto,
Triste me sinto;
Dor a valsar e,
Morte a cansar:
Toda minh'alma,
Foice na palma.
Mortes com ferros,
Dores em berros.
Lá não me sinto,
Estou extinto.
Caminho d'alma,
Treva em calma.
Erich William von Tellerstein.
Morte a lançar,
Foices de ferro,
Choros num berro.
Vil labirinto,
Triste me sinto;
Dor a valsar e,
Morte a cansar:
Toda minh'alma,
Foice na palma.
Mortes com ferros,
Dores em berros.
Lá não me sinto,
Estou extinto.
Caminho d'alma,
Treva em calma.
Erich William von Tellerstein.
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