quarta-feira, 14 de março de 2012

Poesia - Portais do Inescrutável

Imagem de minha Autoria.

Os portais do inescrutável adentrei,
Cruzando o Umbral de um cósmico rei.
Titânicos obeliscos de escuros tons,
Vislumbrei enquanto morria em sons.


A paisagem marítima marcou-me a alma,
Pois foi amaldiçoada com toda a calma;
De seres inomináveis doutras galáxias,
Revestidos de ilusões e vis falácias.


Suas formas estão em toda a natureza,
Escondidas com perturbadora destreza;
Assombram assombrados e assombrosos,
Que cruzaram tais portais tenebrosos.


Assim como Eu e meus outros Eus de mim,
Que agora só contemplam o cósmico fim.
O fim dos fins das eras de meus jardins,
Onde crescem cousas mortas do sem-fim.


Os portais do indecifrável adentrei,
Cruzando o Umbral d'uma cósmica lei.
Colossais obeliscos de escuros tons,
Esculpi enquanto mergulhava em sons.


Agora sou tais formas em toda natureza,
Escondido em cousas de soturna beleza;
Assombro assombrados e os assombrosos,
Que cruzam meus belos portais luminosos.

Erich William von Tellerstein.

domingo, 11 de março de 2012

Poesia - Sombra Viva


— Minha jovem, por que estás enfraquecida pela tristeza?



— Não é ela quem me entristece Senhor, mas sim, o inferno.


— Mas que inferno, bela jovem?


— Não estás a ver, ao teu lado, a se mover?


— Pois nada vejo, que vês, precisamente?


— O inferno!


— Congela-me o sangue tal olhar garota, para!


— Eu avisei!


Sombra assombrosa,
Vil venenosa,
Matou o Senhor,
Tristonho com dor.


Retira-se agora,
Ao mal de outrora,
Voltou pro abismo,
Com vil romantismo.


Vis vis vis versos,
Estes perversos,
Que co'amargura,
Falo em loucura.


Também sou a morte,
Por ter minha sorte.
Volto lá pro abismo,
Com meu romantismo.

Erich William von Tellerstein.