sexta-feira, 27 de abril de 2012

Poesia - Igreja Tenebrosa

Sanguinolento altar sacrificial;
Eis onde horrores se horrorizam,
Num único golpe quase imaterial;
Qu'excrucia vis que climatizam:


A secular morta Igreja Tenebrosa,
Cujo clero ama Cristo como Nero;
Clero este tão belo quanto rosa,
Pois trata-se d'orrendo Vampiro.


Lugar de iniciação à velha Corte,
Ao cósmico ventre de maldições;
Lugar pra passar a andar à noite,
Para todo sempre com erudições.


A secular viva Igreja Tenebrosa,
Cujo clero ama Cristo como Nero,
Faz-se forte com sangue e esmero,
Pois sua Luz se iguala a Zero.


Sanguinolento altar sacrificial;
Eis ond'excruciações se excruciam,
Num único golpe quase imaterial;
Que horroriza vis que anunciam:


A chegada da Estrela da Manhã,
Na Igreja Tenebrosa dos Vampiros.