Preso estou nesta cela acorrentado e porco,
Que sufoca-me a alma e mente pouco a pouco.
Resistir eu não posso e matar-me tampouco,
Qual cristo numa cruz estou: dor pelo corpo!
Demônio da chama ardente conjurei,
Para salvar-me a vida ante um castelo onírico.
Não precisava disto enquanto eu era um rei,
Jamais tinha de a luz atiçar ao vampírico.
Condenado na praça eu fui por bruxaria,
Queria atiçar mais flâmeo ardor do inferno,
Mas para esta vil lei do bode há parceria.
Amanhã raia o sol apesar de minha morte,
Transcenderei aos céus junto ao amor paterno;
Do abismo desta vez não retirei-me a sorte.
Erich William von Tellerstein.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
domingo, 24 de abril de 2011
Soneto - A Onipresente
Oh manifestação! Auroral armadilha!
Trouxestes-me a vós, em plena confiança,
Por infindos portais, rompendo uma aliança,
Para cá contemplar-vos a vil maravilha.
Por todo um colossal venenoso terreno,
Plantastes-me loucura violentamente.
Qual escravo em tormenta na falta dum remo,
Matando-me aos poucos dolorosamente.
Oh monstruosidade! Eterna vós sois!
Vós assombrais o cosmos, incomensurável!
Pairais com forte luz de incontáveis sóis!
Esvai-vos mortuária cósmica energia,
Relocai as galáxias, dor imensurável!
Abismo flutuante! Qual treva em orgia.
Erich William von Tellerstein.
Trouxestes-me a vós, em plena confiança,
Por infindos portais, rompendo uma aliança,
Para cá contemplar-vos a vil maravilha.
Por todo um colossal venenoso terreno,
Plantastes-me loucura violentamente.
Qual escravo em tormenta na falta dum remo,
Matando-me aos poucos dolorosamente.
Oh monstruosidade! Eterna vós sois!
Vós assombrais o cosmos, incomensurável!
Pairais com forte luz de incontáveis sóis!
Esvai-vos mortuária cósmica energia,
Relocai as galáxias, dor imensurável!
Abismo flutuante! Qual treva em orgia.
Erich William von Tellerstein.
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