domingo, 24 de abril de 2011

Soneto - A Onipresente

Oh manifestação! Auroral armadilha!
Trouxestes-me a vós, em plena confiança,
Por infindos portais, rompendo uma aliança,
Para cá contemplar-vos a vil maravilha.


Por todo um colossal venenoso terreno,
Plantastes-me loucura violentamente.
Qual escravo em tormenta na falta dum remo,
Matando-me aos poucos dolorosamente.


Oh monstruosidade! Eterna vós sois!
Vós assombrais o cosmos, incomensurável!
Pairais com forte luz de incontáveis sóis!


Esvai-vos mortuária cósmica energia,
Relocai as galáxias, dor imensurável!
Abismo flutuante! Qual treva em orgia.

Erich William von Tellerstein.

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