segunda-feira, 28 de maio de 2012

Poesia - Guardiã do Umbral


Que sentiria ao fitar profundamente,
Guardiã do Umbral que gela-lhe a mente?
Com olhos negros como o vil abismo,
Que destroem-lhe a alma com romantismo.


Serpentiforme em sua notável beleza,
Portadora de colar de jóia luminífera;
Fareja inexorável os traços da avareza,
Obliterando quando há psique infrutífera.


Sentiria incessantes fortes calafrios?
Deletérios arrepios sórdidos e frios?
Com olhos de mortal perdido no abismo,
Que ignorou toda a vida o misticismo.


Labirintiforme em sua ofuscada pureza,
É mestre no assolar de noite mortífera;
Fareja soporífera os traços da fraqueza,
Envenenando quando há vida calorífera.


Que sentiria ao evocar do infinito abismo,
Guardiã do Umbral que desperta-lhe a mente?
Com olhos penetrantes em morto erotismo,
Que picam-lhe a vida qual letal serpente.


Erich William von Tellerstein.