Preso estou nesta cela acorrentado e porco,
Que sufoca-me a alma e mente pouco a pouco.
Resistir eu não posso e matar-me tampouco,
Qual cristo numa cruz estou: dor pelo corpo!
Demônio da chama ardente conjurei,
Para salvar-me a vida ante um castelo onírico.
Não precisava disto enquanto eu era um rei,
Jamais tinha de a luz atiçar ao vampírico.
Condenado na praça eu fui por bruxaria,
Queria atiçar mais flâmeo ardor do inferno,
Mas para esta vil lei do bode há parceria.
Amanhã raia o sol apesar de minha morte,
Transcenderei aos céus junto ao amor paterno;
Do abismo desta vez não retirei-me a sorte.
Erich William von Tellerstein.
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