domingo, 10 de abril de 2011
Soneto - Ars Moriendi
Sob efeito da vã peste negra,
Contam-se os corpos vis a sofrer.
Da Ars Moriendi vemos morrer,
Aquilo que a todos alegra.
Soam os sinos, morte funesta,
Nas ruas encerra, triste odor.
Renova-se como a floresta,
E pospõe-se sempre a muita dor.
Terríveis doenças seculares,
Nos matam de formas singulares,
Por que, amado temido Deus?
Horrível assombração imortal,
Queda-se sempre sobre o mortal,
Por que, obscureceis minha arte?
Erich William von Tellerstein.
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