Oh beleza de vampírico malefício,
Me é claro vosso tão distinto ofício.
Pois penetrastes-me o silêncio noturno,
E atormentastes-me o caminhar diurno.
Com cavernosas lembranças de deleite,
De quando fizestes-me de vosso enfeite,
Numa espectral noite de voluptuosidade,
Inda quando o Universo não tinha idade.
Pois penetrastes-me o meditar diurno,
E atormentastes-me o sono taciturno,
Por intermédio de longas tentações,
Inda quando a vida tinha limitações.
Com cavernosas lembranças de lascívia vil,
Revividas com vampira de prazeres mil.
Por intermédio de intermináveis tentações,
Inda quando o Universo tinha limitações.
Pois penetrastes-me os malefícios da mente,
E ostentastes-me os ofícios da serpente.
Com fogosas lembranças de sangue aos montes,
Inda quando bebia de vossas mortas fontes.
Pois invadistes-me as penumbras aurorais,
Projetadas por vampira de prazeres fatais,
Por intermédio de ininterruptas tentações,
Inda quando eu vivia o presente de ilusões.
Erich William von Tellerstein.
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