Escrevo sem saber o que escrevo,
Mas o faço em minha pura essência,
Que é nada, senão, a de escravo,
Preso à ausência de vivência.
Falta esta que apenas eu vejo,
Visto que o Universo todo almejo;
Dado o vil reflexo enigmático,
Do negro espelho velho e dramático:
Refletindo a mim, outro espelho.
Sou como dueto de Piano e Violino,
Sem intérpretes para Música existir;
Porém, todo musical e sem destino,
Já que sou todos eles num sentir.
Pois para cada segundo de vida,
Há uma equivalência atemporal,
Escrita em partitura suicida,
Do que é eterno e magistral:
Ensinando a mim, outro discípulo.
Pequeno sou diante daquilo que penso e escrevo,
Mas o faço com pesar do gritar de mil corvos,
Que é nada além do sangue naquilo que manuscrevo,
Servindo de tinta para papel e tela com corpos,
Já que sou tudo aquilo que morre,
Renascendo após eras de escuridão.
Sou daquilo que o impossível corre,
Sou nada, morrendo em imensidão:
Sou a opulência dando valor ao pão.
Erich William von Tellerstein.
Um comentário:
Garoto, a pessoa que escreve não o faz por razões sentimentais, eu diria até razões mentais, e só, existe algo dentro da gente que nos leva a escrever, uns chamam de mente ativa, outros chamam de medianismo, outros chamam de alma poética... eu sei o que me faz escrever, e o que te faz escrever pode até te mostrar um nada mágico dentro de você, e nisso esta contido tudo o que nós aqui fora da sua mente vemos... tudo, só que esse tudo é diferente para cada pessoa, tudo o que vejo em você é magia... parabéns Erich, bjóks:* (Dindal)
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