I. A Morte Alada
As vozes do lago adormecido,
Ecoam sob a noite estrelada;
Revivendo com ar de padecido,
Vítimas da bela morte alada.
Que com seu cavalo flamejante,
Enterrou-lhos longa espada,
Fazendo-lhes seres rastejantes,
No submundo da morte alada.
Após o golpe de todo fatal,
Ela os carrega até o lago;
Demasiado vil e espectral,
Com águas de natureza letal.
II. A Morte Crocitante
As vozes do lago silencioso,
Varrem o mundo dos que vivem;
Gritando qual corvo tenebroso,
Em seu crocitar do vasto além.
Que com seu infernal cantar missal,
Excruciou-lhos inominável maldição,
Petrificando-lhes em extrato abissal,
No submundo da linda mestra da lição.
Após o golpe de dor universal,
Ela os arrasta até o fundo;
Incinerando a alma como sal,
Com vis memórias deste mundo.
III. A Identidade da Morte Alada e Crocitante
Eu sou a morte alada que crocita,
O assombro das mentes perturbadas.
Eu sou a sorte do que ressuscita,
A paz das insanidades realizadas.
Minha beleza mortuária está na lua,
Pois sou da água e dos sentimentos;
O impulso dos temíveis atos violentos,
O que habita os sacrifícios lentos.
Eu sou as vozes do lago adormecido,
E as estrelas da escuridão infinita.
Vivendo com cósmico ar de padecido,
Fazendo vítimas com minha'rte maldita.
Erich William von Tellerstein.
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