Ah! Nada como a suave brisa mortuária,
Desta bela campina de flores infernais;
Todas exalando o meu doce odor de dor,
Minha predileta fragrância de torpor.
Oh corvos, como adoro tais maldições!
Impostas por tempestades de outrora,
Que agora eliminam-me as tortas horas,
Em voluptuoso sono de vis excruciações.
Vampira ninfa de assassinos esquecidos,
Por onde estiveras minha querida amada?
Será que por penosos vales descoloridos,
A procura d'uma vítima a ser ferroada?
Dize-me, dize-me, sem mais, meu amor!
Ou será que estou cego pelo vil odor?
Ah! Nada como tão inebriante cheiro,
Que mata-me, encanta-me por inteiro.
Oh corvos, como amo-te por maldições!
Impostas por maledicências de outrora,
Que agora eliminam-me as vagas horas,
Em voluptuoso sono de vis excruciações.
Vampira ninfa de mortífera sensualidade,
Por onde estiveras minha querida amada?
Será que arquitetando em voluptuosidade,
A melhor maneira de dar-me uma ferroada?
Mata-me, mata-me, sem mais, meu amor!
Ou será que estou cego pelo vil odor?
Oh! Estás, estás a sentir o meu cheiro,
Pretendes, queres, matar-me por inteiro?
Ai de mim, minha amada! Não vês o céu?
Ele derrama lágrimas de sangue tão belas!
És-me a mais venenosa e linda das donzelas,
Desejas, de fato, da vida retirar-me o véu?
Não mata-me, não, o sol ainda brilha forte!
Inda que seus raios sejam feitos de morte.
Não serei a sorte da morte com mero corte;
Só porque pensas que és de mal de tal porte.
Oh corvos, como amo-te amaldiçoada como és!
Imposta à tortura abissal da cabeça aos pés.
Não desconta tuas dores em mim meu desamor,
Pois ouve, ouve minha flor, o meu clamor!
Mata-me, mata-me, sem mais, meu amor!
Ou será que estou cego pelo vil odor?
Entonteceste-me a Vontade, a pobre alma,
Devorar-me-á, por ter-me em tua palma?
Perdoa-me, perdoa-me, perdoa-me!
Antes, eu apenas gostaria de dizer que eu te...
Erich William von Tellerstein.
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