quinta-feira, 19 de abril de 2012

Poesia - Floresta Viva

Inebriante floresta tenebrosa,
Em profundos vínculos abissais;
Ilustra vil maravilha'ssombrosa,
Cuja dor traz males magistrais.

As sombras com olhos hipnotizam,
Qual serpente'm posição d'ataque,
A alma e o corpo que se desligam,
Num excruciante eterno tiquetaque.

A horrivelmente vívida escuridão,
Assume a forma de retorcidos galhos;
Iluminados por estrelas de solidão,
Compondo trevas de olheiros orvalhos.

D'escuros portais do esquecimento,
Surgem inomináveis monstruosidades;
Cujos olhares impõem enlouquecimento,
Co'imagens d'infernais voluptuosidades.

Crepúsculo sangüíneo silencia,
Aquilo que já morreu há séculos;
Em indescritível cósmica inércia,
Que traumatiza convictos incrédulos.

Inebriante floresta tenebrosa,
Em profundos vínculos abissais;
Criados por mim em hora'ssombrosa,
Traz prazer de males magistrais.

OBS: As visíveis elisões são propositais, e tenho plena consciência de que não são empregadas nas formas tradicionais de Poesia; foi de minha Vontade empregá-las.

Erich William von Tellerstein.