quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Poem - The Girl

Once upon an old forgotten house;
A girl studied countless mysteries;
Through very dramatic histories;
Feeling that for them she was a louse;
She had no love.


While eating the daily random foods;
She scanned herself for floating life;
In planets, swamps or a talking knife;
While perceiving her absence of goods;
She had no love.


During birthdays she seemed unhappy;
For her imortality was clear;
To others her mind was scrappy;
A bloody void that gather no cheer;
She had no love.


In normal human celebrations;
She was inhuman and blasphemous;
Because all was none but sensations;
And non-existent in her calculus;
She had no love.


She was cold as death and hot as hell;
In her eyes of reddish vile nightmare;
An evil that dire creatures can't tell;
A bloody void that don't likes to spare;
She had no love.


Once upon an old forgotten house;
A girl studied countless histories;
Through very dramatic misteries;
Feeling that for them they was a louse;
She found her love.

Erich William von Tellerstein.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Poem - Love's Essence

I'd rather talk about nothing;
Since love's none but sting;
That inflicts terrible damage;
And destroys image;
Therefore it is itself a key;
To lock mind in three;
Stabs with blood and more blood and gore;
Since love's none but whore;
That plays around unmerciful;
And in vertical;
With bloody fools of hopeless hope;
That hopes for a rope;
To hang themselves in dreadful pain;
Waiting to be slain;
By their own hands of anxious doom;
Counting for the gloom;
To come with scythe and goods of death;
Such as cursing breath;
Therefore it is itself a sea;
To drown you in me.

Erich William von Tellerstein.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Poesia - As Umbras e a Arte da Psicopintura



I. As Umbras e os Umbrais


Sombras! Sombras! Sombras horríveis!
Pois estas são Umbras, seres sensíveis,
De aspecto profundamente tenebroso,
Não lacrimoso e no sangue jubiloso,
Sombras! Sombras! Sombras críveis!


Quanto aos seus Umbrais?
Assombrosos! Assombrosos! Vis!
Tal como quando julgam inocente dos mais banais,
Em excruciante tribunal com diabólico juiz,
E obtêm-se a morte como condenação dele e dos demais.


Quanto às Umbras em seus Umbrais?
Horrendas atividades! Penumbroso ofício!
O que elas empreendem em fétido negrume,
Nem a Morte a morrer contaria, como se presume,
Por aqueles amaldiçoados que a vislumbraram em seu hospício.


Trata-se da inescrutável aglomeração de nebulosa e cósmica escuridão,
A luz passa longe, longe, escravidão!
Trata-se do intratável a eternamente se tratar,
Com trevas, trevas e servidão,
Pois trata-se da inescrutável aglutinação de enevoada e assimétrica insânia em podridão.


Sombras! Sombras! Sombras horripilantes!
Pois estas são Umbras, seres infinitos,
De noturnos aspectos e sempre vigilantes,
Nada lacrimosos e muito além de malditos,
Sombras! Sombras! Sombras ambulantes!


No seu quarto, em sua alma, nos confins do inferno!
Apesar de toda a ardente iluminação,
Elas sobrevivem a tal luz sob Mal eterno,
Manifestando o que não se manifesta sem danação,
Perversão! Perversão! Mal fraterno! Mal materno!


Quanto aos seus... Umbrais?
Indizíveis! Indizíveis!
Tal como quando julgam inocente dos mais previsíveis,
Em excruciante tribunal com serpentes letais,
E obtêm-se a morte por picadas e mais picadas de dores inexprimíveis.


Quanto aos Umbrais das Umbras?
Deus! Se há um! Não se pode dizer, não!
Incalculável imensidão em imensurável expansão!
Nem a morta Morte a morrer gemeria, pois não!
Nenhum ser no Universo ousaria descrever, cão!


Terrível ser de aspecto canino-infernal é o que se interessa!
Porque a luz passa longe, longe, escravidão!
Morreria num piscar de olhos, porém, sem pressa,
Pois o que sentiria seria de quem a leitura apressa,
E tal apreço, que não tem preço, se esvairia às pressas.


Sombras! Sombras! Sombras maravilhosas!
Pois estas são lindas Umbras, seres sensíveis,
De natureza inteiramente manipuladora,
Não lacrimosa, fria e compositora,
Sombras! Sombras! Sombras majestosas!


Horror! Horror! Incomensurável Horror!
O terror de tal assombroso Horror é...
Palavras já não me restam mais, nem dor,
Para descrever o que se vê nos Umbrais,
Do Universo, do Ser, dos sonhos, do amor.


II. Psicopintura


Contemplai! Pois segue a descrição,
Do ofício das Umbras em sua escuridão.
Eu sou o Ser banido do Universo,
Que ousa descrever tal arte com exatidão,
Inserindo vossa alma em todo o Multiverso.


As mesmas se instalam na mente do depressivo,
Do perverso, do imaginativo e do sem adjetivo.
Trazem a sua natureza através da Arte para o nosso plano,
Pelo inconsciente do convicto artista insano,
A fim de perpetuar a Treva primordial e imortal.


Psicopintura é um termo adequado para tal fardo,
Que carrega consigo o pintor ou o compositor.
Pois da psique vem as umbrosas informações; e pensamentos servem de condutor,
Para o imaterial fluído abissal que deságua no felizardo,
Instruindo seus membros na pintura e no tocar.


Eis a instrução para vós vos tornastes Umbras,
Seres que inspiram artistas e a própria Arte,
Seja aqui, no inferno, noutra galáxia ou em Marte,
Seres que respiram e expiram Penumbras,
Que maravilham e amaldiçoam em vil estandarte.


Esquecei vossa humana e material natureza,
E mergulhai nos prazeres do Cosmo.
Manifestai vosso inconsciente com destreza,
Uni o Microcosmo com o Macrocosmo,
Para ter do Nada e do Todo a dourada beleza.


Contemplai a mais antiga de todas as técnicas,
A técnica da vida, a técnica da criação.
Dai o sopro da Vida ao morto e terrível,
E então, terá compreendido a condenação,
Que é habitar os Umbrais das Umbras em combinação.


Psiconauta é um termo igualmente apropriado,
Para definir aquele que do Deus e do Diabo é afiliado.
Pois o mesmo navega nos diferentes estados de consciência,
A fim de contemplar o Universo em sua magnificência,
Em seus diferentes níveis de cósmica expansão.


Horror! Horror! Incomensurável Horror!
O terror de tal assombroso Horror é...
A Psicopintura das Umbras em seus Umbrais,
Deixo à vós a amaldiçoada descrição,
Do Universo, do Ser, dos sonhos e do amor.


Sombras! Sombras! Sombras horríveis!
Pois estas são Umbras, seres sensíveis,
De aspecto profundamente tenebroso,
Não lacrimoso e no sangue jubiloso,
Sombras! Sombras! Sombras visíveis!


Sombras! Sombras! Sombras horripilantes!
Pois estas são Umbras, seres infinitos,
De noturnos aspectos e sempre vigilantes,
Nada lacrimosos e muito além de malditos,
Sombras! Sombras! Sombras ambulantes!


Sombras! Sombras! Sombras maravilhosas!
Pois estas são lindas Umbras, seres sensíveis,
De natureza inteiramente manipuladora,
Não lacrimosa, fria e criadora,
Umbras! Somos nós, humanos de mentes infecciosas.

Otto Dix - любимый немец

Poesia - Venenum Vini


I. Ingredientes

Bem cheirosa com uvas mortas do Além,
É a larva que à Súcubo muito convém.
Trazida da terra dos mortos do norte,
Rica em proteínas do sangue da morte.

Uvas estas de bela cósmica roxidão,
Carregadas com doce ausência de perdão.
Colhidas onde demônios não avançam,
Maldizem maldições que poucos lançam.

Carregam consigo odores do abismo,
E da Súcubo, o tenebroso erotismo.
Atormentam quem as fita contemplativo,
Invalidam a luz e todo ser emotivo.

II. Produção

Trazidas de inexploradas infra dimensões:
São pisoteadas por frenéticas açougueiras,
Envenenadas por vis aranhas cuspideiras,
E energizadas com temor de imensidões.

São estapeadas violentamente à exaustão,
Por Ser cujas bocas e olhos estão nas mãos,
Até adquirirem cor de contorcida combustão,
E horrorizarem os responsáveis pelos grãos.

Grãos estes lindos que são jogados ao fogo,
E retirados novamente sob horríveis gritos.
A fim de serem misturados com as uvas,
No admirável cair das cintilantes chuvas.

III. Degustação

A peculiar degustação do vinho envenenado,
É realizada por rainha em tempo de reinado.
No inferno e planícies dos tolos condenados,
Onde todos são pelo vinho muito envenenados.

Quando corretamente amaldiçoado expande:
Toda a consciência em estelar união astral.
Toda a vida perde o sentido num instante,
Ao degustar os poderes do Mal ancestral.

Não se explica tal horror nem ao comer com prazer,
Toneladas de insetos e seres do amorfo desprazer.
Entretanto, inexprimível é a natureza orgástica,
De ingerir o líquido de esquecida seita orgiástica.

IV. Distribuição

A bebida é engarrafada em inquebrável material,
E imprecada com males mais uma vez por segurança.
Sua distribuição abissal é responsabilidade da Dança:
Aglomeração valsante de ossos e coisa imaterial.

São trazidas à terra através de onírica manifestação,
Pois tais bêbados indizíveis nos contatam por sonhos.
Alcançam com facilidade os mais loucos e tristonhos,
Possuem preferência por compositores da perdição.

Estes artistas humanos são dos mais vis e perversos,
Pois trazem com prazer o horror em lindos versos.
Encantam e maravilham incontáveis iludidos mortais,
E por fim os fazem brindar um Vinho dos mais letais.

Poesia - Grutesco Trauma Onírico


Vítima das tentações da espeleologia,
Envolvi-me num horror vil de se lembrar.
Desenvolvi longa aracnofobia e patologia,
Afoguei-me qual aleijado em meio ao mar.

Em plena noite exerci minha profissão,
Adentrei gruta abaixo com minha missão:
De explorar características cavernosas,
Mas não somente das formações rochosas.

Admirei algumas típicas formas de vida,
Maravilhei-me com o belo viver de gruta,
Até sentir pavor com terrível força-bruta,
Na psique o que pareceu viagem só de ida.

Um crescer assombroso dum suave andar,
Do que pareciam patas dum ser a espreitar.
Com a luz de minha tocha pouco se via,
Mergulhado em meu medo quase nem me movia.

De repente a sombra já não era sombra,
Contemplava o inferno imerso em temor.
Tentei lembrar de muitas cenas de amor,
Mas nem tal luz tal coisa desassombra.

Vivas teias interromperam-me a locomoção,
O fim pareceu próximo em abismal emoção.
Gigante aranha de intensa vibração negativa,
Consumiu-me a visão a de estar em sua saliva.

Eis a mensagem que vos dou através dum amigo,
Espeleólogo versado nas artes do ocultismo.
São psicografadas hoje lembranças dum jazigo:
Um nobre ser no estômago do profundo abismo.



quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Arquivo - Duo Opera Tenebrarum (Download)

Recentes duas obras de minha autoria, em formato PDF.


LINK PARA DOWNLOAD


O PDF compreende duas obras de nome:


I. Venenum Vini
II. Grutesco Trauma Onírico


Espero que gostem e comentem!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Compendium Tenebrarum - Poisone Wein (ALBUM e LIVRO)


Finalmente terminei de compor um Álbum decente para o meu Poisone Wein, e digo decente, pois da última vez que eu o fiz não ficou com a qualidade que eu gostaria que ficasse. Neste arquivo em .rar você encontrará o meu Álbum para Download e meu livro com meus escritos revisados, palavra por palavra (Tudo o que esta aqui no Blog).

O Álbum esta hospedado no 4shared,

LINK PARA DOWNLOAD <<

Muito obrigado!

Ericson Willians

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Poesia - Tolo!

Tolo!


Misteriosas são as tristes melodias,
Que reverberam em mim todos os dias,
Num celestial valsar de vis valsas,
Repetindo-se com mil verdades falsas.


Pois bem, contai-me de uma vez, Ser Pensante:
Quem o Abismo visita e retorna triunfante?
Se do Nada o Todo tem a origem atuante,
Doravante, o Abismo será sempre comandante?


Tolo!


Misteriosas são as tristes melodias,
Que reverberam em ti todos os dias,
Num celestial valsar de vis valsas,
Repetindo-se com infinidades falsas.


Pois bem, pensai de uma vez, Ser Falante:
Quem o Abismo visita e retorna comandante?
Se do Todo o Nada tem a origem atuante,
Doravante, a Luz será sempre triunfante?


Tolo!


Tristonha é a cavernosa melodia,
Que valsa em nós com vil estadia,
Num celestial valsar de vis valsas,
Repetindo-se com eternidades falsas.


Pois bem, crucificai de uma vez, Ser Possante:
Quem os Céus visita e retorna radiante?
Se das Trevas a Luz nasce, forte e brilhante,
Doravante, a minha Vontade será sempre triunfante?


Tolo!


Erich William von Tellerstein.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Poesia - Vampírica Eternidade


Estamos em vampírica união no plano astral,
Encontramo-nos muito além do bem e do mal.
No sangue e no vinho exercemos fascínio,
Temos o que os mortais não possuem domínio.


Do amor sentimos a indizível cósmica essência,
Manifestada outrora em soturna magnificência.
Vivemos a morte em vida e a vida na morte,
Na luz ou nas trevas criamos nossa sorte.


Com o queimar de velas amplificamos a união,
Que cresce como o vasto Universo em expansão.
Ao som de taciturnas freqüências lunares,
Que influenciam nosso amor como a lua os mares.


Inefável e abissal luxúria consome a nós,
Que pelos séculos desatamos todos os nós.
A fim de unirmo-nos novamente em vil chama,
Que para a eternidade o fim dos fins clama.


Com o fogo da Vontade completamos o ritual,
Auroral, noturnal, espectral e abismal.
Com a lunar emoção completamos o ritual,
Às estrelas vamos, muito além do bem e do mal.


Erich William von Tellerstein.

domingo, 20 de novembro de 2011

Poesia - Oh contemplai!

Oh! Contemplai! Contemplai!
É a chama dos montes infernais!
Que assombra todas as mais letais!
As sombrias figuras espectrais!
Das noturnas orgias cerimoniais!
Das fendas que urram orquestrais!
Ah! Escutai! Escutai! Escutai!
É o queimar da chama dos umbrais!
Causa assombro em males magistrais!
Lá do alto! Do alto! Dos fatais!
Dos carnais montes esculturais!
De crânios e ossos estruturais!
Que vêm lá de baixo, dos umbrais!
Não contemplai! Não! Não olhai!
É a chama dos montes infernais!
Que assola as covas sacrificiais!
Que manifesta maldições celestiais!
Que abre do indizível portais!
Que destrói pedras filosofais!


Lamentai! Chorai! Chorai! Chorai!


São humanos após seus funerais.

Erich William von Tellerstein.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Poesia - Espectral Voluptuosidade

Oh beleza de vampírico malefício,
Me é claro vosso tão distinto ofício.
Pois penetrastes-me o silêncio noturno,
E atormentastes-me o caminhar diurno.


Com cavernosas lembranças de deleite,
De quando fizestes-me de vosso enfeite,
Numa espectral noite de voluptuosidade,
Inda quando o Universo não tinha idade.


Pois penetrastes-me o meditar diurno,
E atormentastes-me o sono taciturno,
Por intermédio de longas tentações,
Inda quando a vida tinha limitações.


Com cavernosas lembranças de lascívia vil,
Revividas com vampira de prazeres mil.
Por intermédio de intermináveis tentações,
Inda quando o Universo tinha limitações.


Pois penetrastes-me os malefícios da mente,
E ostentastes-me os ofícios da serpente.
Com fogosas lembranças de sangue aos montes,
Inda quando bebia de vossas mortas fontes.


Pois invadistes-me as penumbras aurorais,
Projetadas por vampira de prazeres fatais,
Por intermédio de ininterruptas tentações,
Inda quando eu vivia o presente de ilusões.

Erich William von Tellerstein.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Poetry - The Influence of the Moon


One could harness its uncanny influence,
To conquer the deepest of the ancient depths.
But doubtfully one could endure its power,
Giving its light which installs imprudence.


I've learned successfully how to control it,
And I've seen what I thought to be impossible.
One could not distinguish one shadow from another,
Inside the hazy gateways of the moon's abysses.


But I've learned successfully how to do it,
Yet one could not endure the damage it causes,
Giving the old light which is of unknown forces,
That comes out from that ghastly natural satellite.


One more time I say that one could harness it,
To travel beyond the oldest of the cosmic depths.
But doubtfully you'll endure its unspeakable power,
Giving its light which installs its conscience.


I've learned successfully how to deal with it,
And I've seen what I thought to be improbable,
One could not distinguish sound from image,
Inside the hazy gateways of the abysses' landscapes.


But I've learned successfully how to control myself,
Despite its uncanny influence and invisible power.
One could not endure its unforgettable harnessing,
Giving the fact that one can not leave the moon's abysses.


Erich William von Tellerstein.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Poesia - O Abissal Retratar


A arte de retratar o infindo abismo,
Em toda a sua vasta fauna e flora.
O olhar da pintura com hipnotismo,
O efeito ameaçador aqui e agora.


O arrepio da percepção do colossal,
Vagante pelos oceanos da mente.
O efeito do eterno resultado abissal,
Amplificando-se vil e envolvente.


O mágico criar do pincel dançante,
Dando vida ao onírico e indizível.
Sombreado vivo, morto e irradiante,
Dando vida a um universo inexprimível.


A arte de retratar o abismo do infinito,
Através de toda a sua cósmica natureza.
O olhar da pintura que sabe do escrito,
O efeito ameaçador que nos dá certeza.


O arrepio da percepção incomensurável,
Sentida pelos oceanos de toda a alma.
O efeito do resultado sempre alcançável,
Amplificando-se por toda a calma.


O mágico criar do pincel atuante,
Concedendo vida ao de todo brilhante,
Cuja morada é no negror cintilante,
E que rasteja desprovido de semblante.


7 são as estrofes do Abissal Retratar,
Para toda a sua ampla fauna e flora.
7 são os olhares do Abissal Retratar,
E o efeito será sempre aqui e agora.

Erich William von Tellerstein.

domingo, 9 de outubro de 2011

A Thought - Heartless

This dark reality goes away like a cloudy and stormy day, suddenly all the tempestuous clouds fade away and the sun comes shining. The question is: What is a bright day for you? A heartless or a hearty one? If you're happy, you can say "fuck you" to this answer and lock it in a very deep abyss.


Tradução para o Português:


Essa sombria realidade vai embora assim como um nublado e tormentoso dia, de repente todas as tempestuosas nuvens se dissipam e o sol surge brilhando. A questão é: O que é um dia claro para você? Um "sem-coração" ou um amável, sincero? Se você está feliz, você pode dizer "fuck you" para essa resposta e trancá-la num abismo muito profundo.




Ericson Willians (Nyarlathotep)

domingo, 2 de outubro de 2011

Poesia - A Maldição da Poesia


Muitos escrevem poesia pelo globo,
Mas poucos possuem a vil maldição,
Que uiva terrivelmente como lobo,
Dentro dos nossos portões da perdição,
Reverberando suntuosa e eternamente,
Amorfa exceto pelas faces da tentação,
Que a complementam em ardente corrente,
Matando leitores com rajadas no coração,
Uma vez que os mesmos a vislumbram,
Num surto de incontrolável corrupção,
Arremessando-os enquanto se torturam,
À uma longínqua e negra constelação,
Onde perdem-se para o desconhecido,
Por terem das trevas aceitado a torta mão,
Que emergiu de palavras qual recém-nascido,
Chorando e implorando por toda atenção.


Muitos escrevem poesia neste planeta,
Mas poucos possuem a vil maldição,
Que perfura fortemente qual baioneta,
E cuja dor representa toda a evolução.

Erich William von Tellerstein.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Poesia - O Abismo do Eu / The Abyss of Ego

O intenso negror ziguezagueante,
À inefável dor infinda e excruciante.
O inescrutável ardor luxuriante,
Aos vis mares de todo ser pensante.


Tendes vós então do Eu o abismo,
Que se apresenta como tormenta,
Violenta, virulenta e pestilenta,
Mal que reflete em todo organismo.


Manifesta-se em estranhos sonhos,
Ou em lúcido, diurno e onírico pavor.
Um horrível ser de aspectos tristonhos,
A treva traz como único favor e desfavor.


O inescrutável ardor luxuriante,
À inefável dor infinda e excruciante.
O intenso negror ziguezagueante,
Aos vis mares de todo ser pensante.


Tendes vós então do abismo o Eu,
Que se apresenta como um espelho,
Vermelho e que vem como conselho,
Mal que dura como eterno museu.


The Abyss of Ego (English Version)


The intense and zigzagging blackness,
To the ineffable and excruciating pain.
The inscrutable and luxuriant hotness,
To the vile seas of every thinking brain.


You have then from the Ego the abyss,
Which shows itself as a violent storm,
Ferocious, virulent and of horrible form,
An evil that destroys every spark of bliss.


Its manifestation takes place in odd dreams,
Or in lucid, diurnal and great oniric fright.
A being composed of the most horrid themes,
The pure darkness brings as the only light.


The inscrutable and luxuriant hotness,
To the ineffable and excruciating pain.
The intense and zigzagging blackness,
To the vile seas of every thinking brain.


You have then from the abyss the Ego,
Which shows itself as an endless mirror.
It comes as an advice, it couldn't be clearer,
An evil that lasts eternally in your credo.


Die Abgrund des Ichs (Deutsche Version)



Die Zickzack-laufende und angestrengte Schwärze,
Zum  unaussprechlichen und qualvollen Schmerz.
Die undurchschaubare und verschwenderische Hitze,
Zu den abscheulichen Meeren von jedem fühlenden Herz.


Dann hast du aus dem Ego die unendliche Abgrund, 
Die sich als ein gewalttätiger Sturm anzeigt.
Grausam, schrecklich und ganz und gar nicht gesund,
Ein Übel, das jede Glücklichkeit schmilzt.


In seltsamer Träume passiert ihre Erscheinungsform,
Oder in klarem, täglichem und traumartigem Schreck.
Ein Wesen von entsetzlicher grauenvollen Norm,
Die pure Dunkelheit ist ihre einzige und starke Zweck.


Die undurchschaubare und verschwenderische Hitze,
Zum  unaussprechlichen und qualvollen Schmerz.
Die Zickzack-laufende und angestrengte Schwärze,
Zu den abscheulichen Meeren von jedem fühlenden Herz.


Dann hast du aus der Abgrund das dunkle Ego, 
Die sich als ein unergründlicher Spiegel anzeigt.
Rot, lebensgefährlich, er macht die Seelen sich auslöschen,
Ein Übel, das durch die ganze Unendlichkeit längt.


Erich William von Tellerstein.
All poetical translations were made by me, Ericson Willians.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Poesia - Estrelado Céu


Já contemplastes vós um céu estrelado?
Não? Pois não sabeis o que é enlevação.
O que é mergulhar no cósmico fraseado,
Da infinda arte da incontável dimensão.


A auroral explosão de vis possibilidades,
A noturnal corrupção de eternos fins,
A manifestação do silêncio em raridades,
A abissal tortura em nebulosos jardins.


Como ousais ocultar-vos de vossa essência?
Nos confins do universo perdestes a sanidade!
No invulnerável céu jaz vossa magnificência!
Da poeira estelar compartilhais a longa idade!


Ah, nada como deitar-se calmo na grama,
E contemplar a infinitude do pontilhado céu.
Com tal ato elimina-se da vida o drama,
E dos antigos mistérios descortina-se o véu.


Erich William von Tellerstein.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Tradução - Nemesis (Poesia de H.P Lovecraft)

Olá a todos,

Este é um trabalho cuja complexidade em sua realização deve ser considerávelmente notável, visto que o vocabulário do Lovecraft era intensamente vasto e de amplos significados. Realizei esta tradução a meu modo, de maneira pessoal, desprovido de demais cuidados profissionais visto que não disponho de formação acadêmica necessária para receber critica a tal nível; entretanto, encerrei a tradução desta obra e ficaria agradecido em ler a opinião de vocês. Muitas obras do Lovecraft carecem de tradução para o Português e eu acho que mais brasileiros deveriam conhecer a magnificência contida em suas fantásticas e excepcionais obras.

Colocarei primeiro a minha tradução e em seguida o texto original do autor em Inglês.

Nemesis - Howard Phillips Lovecraft


Através dos bem-guardados portões do sono,
Passados na noite abismos abatidos,
Vivi minhas vidas tendo dos números o abandono,
Ressoando em todas as coisas com visão de vís sentidos,
E eu luto e grito onde o dia termina, sendo levado à loucura com pavor.

Rodopiei com a terra no crepúsculo matinal,
Quando o céu ainda era uma vaporosa chama.
Contemplei o bocejar do soturno universo ascensional,
Onde os planetas em seu negror giram em vil trama.
Onde eles giram em seu horror despercebido, desprovidos de saber, brilho ou nome.

Eu flutuei onde os oceanos não possuem fim,
Sob sinistros céus cinzentos e nublados.
De maneira que muitos raios laceram por fim,
Reverberando com histéricos gritos e tornados;
Com os gemidos de invisíveis demônios que emergem das esverdeadas águas.

Tenho imergido através dos arcos feito animal,
Do bosque primordial e grisalho,
Onde o carvalho sente a presença espectral,
E espreita onde nenhum espírito vaga em ato falho;
E eu fujo de algo a me perseguir, que observa através de gravetos mortos acima de mim.

Tenho cambaleado por montanhas escondidas por cavernas,
Que emergem estéreis e mortas da planície,
Tenho me embebedado em imundas fontes qual cego em tavernas,
Enevoadas fontes que exsudam-se ao pântano do fundo à superfície;
E em amaldiçoadas andorinhas-do-mar vi coisas que não ousaria ver novamente.

Escaneei o vasto palácio revestido de heras,
Trilhei seu desocupado salão,
Onde a lua a contorcer-se de vales por eras,
Demonstra tapeçadas cousas na parede com agressão;
Estranhas figuras discordantemente tecidas, das quais eu não suportaria recordar.

Tenho igualado da sacada de uma janela em admiração,
Nos moldadores prados que me cercam.
Nos muitos vilarejos que jazem abaixo com telhas em expansão
A maldição de um chão cujas covas o fecham;
E de carreiras de branco mármore esculpido ouço atentamente por som.

Assombrei as tumbas das eras,
Tenho fluido nos pinhões do medo.
Onde o esfumaçado Erebus arrota em crateras,
Onde os Jokulls cobertos de neve agigantam-se cedo;
E nos planos onde o sol do deserto consome aquilo que nunca pode animar.

Eu era velho quando ajustaram-se os faraós,
O trono ao Nilo coberto de jóias;
Eu era velho naquelas não-contadas épocas como avós,
Quando eu, e apenas eu, era vil.
E humano, apesar de não-atentado e feliz, residido em êxtase na longínqua ilha Ártica.

Oh, grande era o pecado de minha alma,
E grande é o alcance de sua perdição;
Não é a piedade dos céus que podem trazer-lhe calma,
Nem o descanso na sepultura encontrar sua localização:
Que venha as infinitas eras batendo suas asas de impiedosa treva.

Através dos bem-guardados portões do sono,
Passados na noite abismos abatidos,
Vivi minhas vidas tendo dos números o abandono,
Ressoando em todas as coisas com visão de vís sentidos,
E eu luto e grito onde o dia termina, sendo levado à loucura com pavor.


Tradução por Ericson Willians.

Original em Inglês:

Thro’ the ghoul-guarded gateways of slumber,
Past the wan-moon’d abysses of night,
I have liv’d o’er my lives without number,
I have sounded all things with my sight;
And I struggle and shriek ere the daybreak, being driven to madness with fright.

I have whirl’d with the earth at the dawning,
When the sky was a vaporous flame;
I have seen the dark universe yawning,
Where the black planets roll without aim;
Where they roll in their horror unheeded, without knowledge or lustre or name.

I had drifted o’er seas without ending,
Under sinister grey-clouded skies
That the many-fork’d lightning is rending,
That resound with hysterical cries;
With the moans of invisible daemons that out of the green waters rise.

I have plung’d like a deer thro’ the arches
Of the hoary primoridal grove,
Where the oaks feel the presence that marches
And stalks on where no spirit dares rove;
And I flee from a thing that surrounds me, and leers thro’ dead branches above.

I have stumbled by cave-ridden mountains
That rise barren and bleak from the plain,
I have drunk of the fog-foetid fountains
That ooze down to the marsh and the main;
And in hot cursed tarns I have seen things I care not to gaze on again.

I have scann’d the vast ivy-clad palace,
I have trod its untenanted hall,
Where the moon writhing up from the valleys
Shews the tapestried things on the wall;
Strange figures discordantly woven, which I cannot endure to recall.

I have peer’d from the casement in wonder
At the mouldering meadows around,
At the many-roof’d village laid under
The curse of a grave-girdled ground;
And from rows of white urn-carven marble I listen intently for sound.

I have haunted the tombs of the ages,
I have flown on the pinions of fear
Where the smoke-belching Erebus rages,
Where the jokulls loom snow-clad and drear:
And in realms where the sun of the desert consumes what it never can cheer.

I was old when the Pharaohs first mounted
The jewel-deck’d throne by the Nile;
I was old in those epochs uncounted
When I, and I only, was vile;
And Man, yet untainted and happy, dwelt in bliss on the far Arctic isle.

Oh, great was the sin of my spirit,
And great is the reach of its doom;
Not the pity of Heaven can cheer it,
Nor can respite be found in the tomb:
Down the infinite aeons come beating the wings of unmerciful gloom.

Thro’ the ghoul-guarded gateways of slumber,
Past the wan-moon’d abysses of night,
I have liv’d o’er my lives without number,
I have sounded all things with my sight;
And I struggle and shriek ere the daybreak, being driven to madness with fright.


Translated to Portuguese by Erich William von Tellerstein.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Poesia - Solidão

A intensa dor do lamento,
O recuar da figura mortuária.
Agonizar sem estar isento,
Do luar da noite sangüinária.


Destino frio dos condenados,
Que a si perpetuaram o horror.
Manifestam-se amaldiçoados,
Amplificam o abatido negror.


Planícies de perpétuo silêncio,
Ensurdecem o gélido coração.
No escuro aceso está o incenso,
Mas o sentir impede a ascensão.


Profundos pântanos e lagos,
Guardam a sua triste natureza.
Remonta ao tempo de magos,
Trancados por sua destreza.


Tem, por fim, toda a vil escuridão,
Em todas as suas horrendas formas.
Utiliza da dor para ditar suas normas,
E dirigem-se a tal torpor por solidão.

Erich William von Tellerstein.

domingo, 11 de setembro de 2011

Poesia - Um Olhar Para o Abismo

Quando olhei fixamente para o abismo,
Vislumbrei uma sucessão de horrores.
Entretanto, perdi-me em seu erotismo,
Mergulhando num mar de vis cores.


Passei a freqüentar a mesma dimensão,
Perdendo a noção do tempo e do espaço.
Então, de repente, envolto nesta escuridão,
Aliviou-me a alma um desconhecido abraço.


Um anjo, mulher de natureza inefável,
Conquistou legiões de criaturas abissais.
Resgatou-me das garras do inominável,
E mostrou-me, que em mim residia tais animais.

Erich William von Tellerstein.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Soneto - Indizível Natureza

Oh, preciso tomar mais deste nobre vinho,
Antes de confessar-vos a atroz natureza,
De tudo que aqui nasce e morre no caminho,
Sem transmutar em ouro o chumbo com destreza.


Do inferno contemplar-se-á são a vil visão nítida,
Duma cambaleante incomensurável
Criatura abissal com asas e mão fétida,
Sem pernas pra correr e com voz lamentável.


A morte vos espera ansiosa mortal.
Eis minha confissão! O mal sem redenção
Vos espera no abismo, reinando imortal.


Meu vinho já acabou e sinto muita pena,
Por todos vós de pobre e morto coração,
Que hão de lá sofrer sem tortura pequena.

Erich William von Tellerstein.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Soneto - Castelo de Sangue


Câmaras preenchidas com horror,
Enojam muitos tolos indefesos.
Horrendas criaturas dão torpor,
Os deixam morrendo com os presos.


Terríveis artifícios de dor,
Impregnam o chão com vis rubis.
Qual negra tenebrosa e morta flor,
A chorar com tremor de javalis.


Gritos imemoráveis de assombrosa
Orquestração fortalecem as paredes.
Qual presa presa em mil gosmentas redes.


Neste castelo impera triunfante
A morte governadora dos vampiros.
Como quando eu vivia, aos suspiros.

Erich William von Tellerstein.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Soneto - Vil Menina

Em distante fazenda com moinho,
Maquinava menina de terrível
Coração, qual espírito sozinho,
Contra humanos de bem, com mal horrível.


Empregava temíveis maldições,
Pra livrar-se de intrusos que incomodam.
Criaturas horrendas dos portões
Infernais, brutalmente nos destroçam.


Pois portal vil e cósmico criara,
Permitindo a entrada destes males,
Qual demônio azul dos negros mares.


Abismo horripilante em nome Sarah,
Do inferno banido para a terra.
Quem será que tal mal pra nós enterra?

Erich William von Tellerstein.

sábado, 14 de maio de 2011

Poesia - De Olhos Bem Fechados

Orgia de dançantes belas máscaras,
Empreendem os donos deste mundo.
Em sacra cerimônia do imundo,
Num horror com horríveis tristes caras.


Prazer inferior, contemplação,
Mascara-se em soturnas energias.
Olhar superior, concentração,
São da estirpe dos seres nas orgias.


Do abismo tem-se a voz a crescer cósmica,
E do flamejar rouba-se o saber.
Morrem os céus de luz em morte mística.


De olhos bem fechados nós estamos,
Ainda que saibamos que existimos.
Ao nascer nos matamos, desistimos?


Erich William von Tellerstein.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Soneto - Acusado

Preso estou nesta cela acorrentado e porco,
Que sufoca-me a alma e mente pouco a pouco.
Resistir eu não posso e matar-me tampouco,
Qual cristo numa cruz estou: dor pelo corpo!


Demônio da chama ardente conjurei,
Para salvar-me a vida ante um castelo onírico.
Não precisava disto enquanto eu era um rei,
Jamais tinha de a luz atiçar ao vampírico.


Condenado na praça eu fui por bruxaria,
Queria atiçar mais flâmeo ardor do inferno,
Mas para esta vil lei do bode há parceria.


Amanhã raia o sol apesar de minha morte,
Transcenderei aos céus junto ao amor paterno;
Do abismo desta vez não retirei-me a sorte.

Erich William von Tellerstein.

domingo, 24 de abril de 2011

Soneto - A Onipresente

Oh manifestação! Auroral armadilha!
Trouxestes-me a vós, em plena confiança,
Por infindos portais, rompendo uma aliança,
Para cá contemplar-vos a vil maravilha.


Por todo um colossal venenoso terreno,
Plantastes-me loucura violentamente.
Qual escravo em tormenta na falta dum remo,
Matando-me aos poucos dolorosamente.


Oh monstruosidade! Eterna vós sois!
Vós assombrais o cosmos, incomensurável!
Pairais com forte luz de incontáveis sóis!


Esvai-vos mortuária cósmica energia,
Relocai as galáxias, dor imensurável!
Abismo flutuante! Qual treva em orgia.

Erich William von Tellerstein.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Soneto - Labareda

Espectral chama conjurou-se vil,
Ante um horrível luminoso corte,
Em incorpórea aparição com morte,
Lá na montanha azul dos mortos mil.


Sob tenebrosa tempestade cósmica,
Encaminhando uma terrível praga,
A mim, infausta viandante chaga,
Cambaleando numa dor ilógica.


É essa, fenda de infernal presença,
Que monstruosa cria com descrença,
Lá, sopra ardente, encobrindo luz.


Com sofrimento ousou queimar-me forte,
Qual salamandra furiosa à sorte.
Deixou-me morto, a jorrar-me o pus.


Erich William von Tellerstein.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Soneto - Soneto à Morte Cósmica

Universo escuro, oh! Mostrai-me,
O que reside lá, pós um andaime,
A suportar gosmenta estrutura,
Que de mim elimina estatura,


Por noturnos lunares sonhos; morte!
Que com horrível cósmico esporte,
Dispersa toda abóboda celeste,
À moda rastejante duma peste.


Abismos infinitos, ressurgi!
Erguei-vos comensais, aqui, urdi!
Contemplai-me o ser, a padecer!


Iluminai-me cá, com luarenta
luz, oh minha incontável criatura,
Que a outros concede morte lenta.

Erich William von Tellerstein.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Poesia - Caminho do Abismo

Dor a dançar e,
Morte a lançar,
Foices de ferro,
Choros num berro.


Vil labirinto,
Triste me sinto;
Dor a valsar e,
Morte a cansar:


Toda minh'alma,
Foice na palma.
Mortes com ferros,
Dores em berros.


Lá não me sinto,
Estou extinto.
Caminho d'alma,
Treva em calma.

Erich William von Tellerstein.

domingo, 10 de abril de 2011

Soneto - Ars Moriendi


Sob efeito da vã peste negra,
Contam-se os corpos vis a sofrer.
Da Ars Moriendi vemos morrer,
Aquilo que a todos alegra.


Soam os sinos, morte funesta,
Nas ruas encerra, triste odor.
Renova-se como a floresta,
E pospõe-se sempre a muita dor.


Terríveis doenças seculares,
Nos matam de formas singulares,
Por que, amado temido Deus?


Horrível assombração imortal,
Queda-se sempre sobre o mortal,
Por que, obscureceis minha arte?

Erich William von Tellerstein.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Poesia - Apocalipse

Irra infernal orquestra,
Que aqui é nossa mestra!
Atiçai a tenebrosa ira,
Do mal que aqui conspira!


Urdi neste tempestuoso embalo,
Que mata em férreo intervalo,
Muitos com o abismo a deparar,
E a sentir flâmeo mal a baforar.


Irra majestosa sinfonia,
Que da origem tem a astronomia!
Erguei exército a cavalgar,
Caveiroso e frio a excomungar,


A fim de conquistarmos o fim,
Com todo ímpeto que há em mim.


Amaldiçoai o não-impactante,
Que guarda do bem o semblante!
Irra dia da Ira, que aqui pira,
Com oscilante tremor que suspira!


Avante cavernosa essência!
A blasfemar toda existência!
Avermelhai as nuvens claras,
Num terror de mortes raras!


Pois vede do Apocalipse,
Coberto por vil eclipse,
Mortais do gélido horizonte,
Onde não há bem que afronte,


A fim de que possais enfim concluir,
De que vossas vidas irão se esvair.


Erich William von Tellerstein.