quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Prosa Poética - Sangüínea Tentação


Sob constante provocação de amorfas figuras abissais avancei, indo mais longe do que jamais imaginei que iria; Perpetuei: Uma série de traumas psicológicos causados por exposição a uma intensa manifestação sanguinária da alma, preenchendo-me assim com vil e sórdida calma. Infortúnio tenebroso este que saltou para meu caminho que esta e estava a desmoronar, e que tornou-se doce amaldiçoar.
Vampírica tragédia adornou os fins de todos os momentos, dos quais infelizmente soavam sempre como fim, e nunca provido daquilo que os mortais costumam chamar de felicidade: Uma velha e pobre ilusão que ao desespero faz alusão e que satisfaz suas falsas aptidões e gratidões para eternizar o caos inevitável do equilíbrio. Naquele instante de corrupto prazer vendi minha alma à manipulação dos 7 pecados capitais para jamais jazer; acabei por não resistir e aceitar inconscientemente a perfuração de meu pescoço pelos seus dentes, acompanhada por frenéticos beijos compostos da mesma chama que derrete os condenados no inferno, cuja mestra, é a própria luxuriosa dama.
Tolos são os vivos que apesar de vivos pisam em suas vidas e não abraçam o gentil presente da morte; que avançam para o reino das sombras mesmo em terra, com medo, através de futilidade, ignorância e ingenuidade, pensando que controlam e dominam sua minúscula existência condenada. Eu controlo raios! Pois do abismo sulfuroso já provei e das demoníacas feições já utilizei, não compartilho deste medo infantil daqueles que putrificam em menos de 100 anos; sou o mais puro resultado de uma vampírica maldição, que pôs-me a vagar com perdição por todas as florestas escuras deste pequeno planeta e pernoitar em horrendos calabouços para satisfazer minha mente infradimensional.
Mal incondicional! Urge a raiva destruidora de mentes fracas sobre a tentação e todas estas terras banhadas diariamente com fresco sangue, onda secular de ódio, dor e rancor; como hei de purificar-me se noturno sangue esta a alimentar-me? Se ao menos lembrasse de seu nome, dita inferior criatura, que não permitiu-me permanecer com nenhuma referência. Escrevo este texto enquanto o sol não deixa de cumprir sua função neste lado do planeta, sem preocupar-me se algum profano cedo ou tarde o lerá, mas sei que se o fizer, provavelmente já terá sua alma parcialmente igual a minha, que Deus o tenha: In nomine Patris, et Filii, et Spiritus Sancti, Amem (Sustenta a dor).

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Poesia - Vampírico Refeitório


Toneladas de carne ensangüentada,
Servida em mesa de dor petrificada.
Cálices de sangue para os convidados,
e ossos ainda brancos de condenados.


Preparados com vil cuidado na cozinha,
Para todos do castelo e para a rainha.
Atende as necessidades amaldiçoadas,
Sustentando as energias envenenadas.


Velas vermelhas e pretas nos lustres,
Trocadas todos os dias, há séculos.
Para atender terrivelmente os ilustres,
Como sempre, para os no mal, crédulos.


Brindes com sorrisos e olhares abissais,
Feitos com cerimonial tradição milenar.
Pensamentos nas possíveis vítimas mortais,
Desenvolvem para mais eficiente jantar.


Intensa dedicação para com os símbolos,
Nas cortinas, portas, pisos e ídolos.
Cheiro de sangue como perfume padrão,
Compõe os aposentos de triste podridão.


Festas com mortuárias e belas melodias,
Empreendem os serviçais encarregados.
Cortinas bloqueiam raios crepusculares,
Luzes são temidas em todos os andares.


Para vós, mortais, deixo esta descrição,
Como forma de convite para a condenação.
Caso desejem uma incontrolável maldição,
Estejam cientes de minha fatal perdição.

Erich William von Tellerstein.

Poesia - O Chamado do Oculto

Ouvem-se astrais vozes no despertar,
Consciência em limiar: Grande crucificar!
Do Ego ou de sua ausência: Magnificência!
Manifestação insólita da eterna experiência.


Obliteração do medo, da vil incerteza,
Que nos afasta e afastou da grandeza.
A graça de Deus, a vingança do Satan,
Consagração da alma: Oh noite de Pan!


Por nebulosos pântanos, noturnas florestas,
Gélidos abismos, mortuários aposentos,
Tenebrosas cavernas, implacáveis tundaras,
Poços escuros e ferventes fendas sulfurosas:


Caminhava a alma antes do grande chamado!
Chamado do Oculto, sopro do além, iluminado.
Cotidiano: Amorfas formas da terrestre escuridão,
Que nos mantém nos males e depressão em soturna prisão.


Liberdade: Intensa viagem, expansão da consciência,
Reencontro do verdadeiro Ser, morte da inconsciência.
Chamado Oculto: Frio por toda a pele, calafrio imaterial,
Sempre chega, quando preparado para superar o material.

Erich William von Tellerstein.