terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Poesia - Vampírico Refeitório


Toneladas de carne ensangüentada,
Servida em mesa de dor petrificada.
Cálices de sangue para os convidados,
e ossos ainda brancos de condenados.


Preparados com vil cuidado na cozinha,
Para todos do castelo e para a rainha.
Atende as necessidades amaldiçoadas,
Sustentando as energias envenenadas.


Velas vermelhas e pretas nos lustres,
Trocadas todos os dias, há séculos.
Para atender terrivelmente os ilustres,
Como sempre, para os no mal, crédulos.


Brindes com sorrisos e olhares abissais,
Feitos com cerimonial tradição milenar.
Pensamentos nas possíveis vítimas mortais,
Desenvolvem para mais eficiente jantar.


Intensa dedicação para com os símbolos,
Nas cortinas, portas, pisos e ídolos.
Cheiro de sangue como perfume padrão,
Compõe os aposentos de triste podridão.


Festas com mortuárias e belas melodias,
Empreendem os serviçais encarregados.
Cortinas bloqueiam raios crepusculares,
Luzes são temidas em todos os andares.


Para vós, mortais, deixo esta descrição,
Como forma de convite para a condenação.
Caso desejem uma incontrolável maldição,
Estejam cientes de minha fatal perdição.

Erich William von Tellerstein.

2 comentários:

Daiane disse...

"Cheiro de sangue como perfume padrão,
Compõe os aposentos de triste podridão."

MuitO phódah!

Anônimo disse...

adorei!!!