sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Poesia - Tentações com Arcos

Sedutoras arqueiras dançam e saltam vis,
Enquanto apontam venenosíssimas flechas,
Aos transeuntes de um cenário sem matiz,
Que abriram uma porta que não se fecha:


A entrada para as escadarias em espiral,
Que, iluminadas por tochas, levam ao lar,
De uma monstruosidade longa e ancestral,
Cuja sina é a de horrivelmente aquartelar,


A fim de formar exércitos de aracnídeos,
E alastrar um Caos de temperamento estelar,
Explodindo com força de dez mil eqüídeos,
Juntando-se com as arqueiras vis a dançar.


Voluptuosas embarcam com excruciante paz,
Em surtos de frenéticas aniquilações;
Atraindo a atenção daquele que a dor apraz:
Orgânico aglomerado de viscosas maldições.


Sedutoras danças e saltos condenam vis,
Humanos vencidos pela astuta curiosidade.
Como transeuntes caem em abismo sem matiz,
E morrem por picadas e flechas de maldade.


Erich William von Tellerstein

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Poesia - Entretenimento no Submundo

A centípede criatura urrou no fim,
Dum infernal evento imemorável;
A fim de assemelhar-se a mim,
Em devaneio de mal inexorável.


Pirâmides de crânios enferrujados,
Em carcaças de coisas esquecidas:
Compõem tal lugar de amaldiçoados,
Com fontes de sangue enriquecidas.


Miríades de rastejantes heresias,
Decepam partes já decepadas,
A fim de servirem de anestesias,
A horrores de origens escalpadas.


Eis o teatro das dores cósmicas:
O lixo infra dimensional que apraz;
Apraz às naturezas telescópicas,
Dos fúteis de ignorância vil e tenaz.


A centípede criatura era pequena,
Num infernal evento imemorável;
Devorou-me na sangrenta arena,
Deixando só a alma imensurável.


Erich William von Tellerstein