Irra infernal orquestra,
Que aqui é nossa mestra!
Atiçai a tenebrosa ira,
Do mal que aqui conspira!
Urdi neste tempestuoso embalo,
Que mata em férreo intervalo,
Muitos com o abismo a deparar,
E a sentir flâmeo mal a baforar.
Irra majestosa sinfonia,
Que da origem tem a astronomia!
Erguei exército a cavalgar,
Caveiroso e frio a excomungar,
A fim de conquistarmos o fim,
Com todo ímpeto que há em mim.
Amaldiçoai o não-impactante,
Que guarda do bem o semblante!
Irra dia da Ira, que aqui pira,
Com oscilante tremor que suspira!
Avante cavernosa essência!
A blasfemar toda existência!
Avermelhai as nuvens claras,
Num terror de mortes raras!
Pois vede do Apocalipse,
Coberto por vil eclipse,
Mortais do gélido horizonte,
Onde não há bem que afronte,
A fim de que possais enfim concluir,
De que vossas vidas irão se esvair.
Erich William von Tellerstein.
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