sábado, 19 de fevereiro de 2011
Poema - Chá de Mandragora
Jovem bruxa de típicos trajes alemães,
Utilizou em lua cheia de pretos cães.
A fim de mandragoras da terra retirar,
Para alucinar-lhe a mente ao se deitar.
Segundo as lendas a mesma só crescia,
Onde sêmen de enforcado na terra caía.
Um tanto difícil foi-lhe encontrá-las,
Mas com dedicação pôs-se a degustá-las.
Desde criança relatos tenebrosos ouvira,
Mas um amigo alquimista muito a instruíra,
Referindo-se ao macabro método de extração,
De tal mágica planta que dava-lhe abominação.
Seus experimentos lhe eram horríveis,
Violava-lhe as leis: Incompreensíveis.
Haviam aqueles que a noite a plantavam,
Em pequenos cemitérios, muito a assustavam.
Em leite com sangue de morcego a regavam;
Do inferno ocultos e vis efeitos resgatavam.
Inexplicáveis visões sob veneno contemplara,
Em coma permaneceu pois sua curiosidade matara.
A raiz apresentava aparência humana intrigante,
Prepará-la causava-lhe torpor e era desgastante.
Donde surgira tal espécie e tão curiosas histórias?
Se vós a virdes e tomardes: Do abismo vereis as escórias.
Erich William von Tellerstein.
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