O Espírito da Noite
Por todo o mundo, triste, ele vagou;
Sozinho, pouco a pouco, a muitos atormentou.
Penetrara incontáveis mentes, ardente;
Venenoso, terrível, como serpente.
Sua aterradora soturna palidez espectral,
Demonstrou-se teatral, tal e mal, como em sonho abissal.
Deste modo, tolos vivos, velozmente confundiu,
E seu frescor, mortuário, em tortas almas diluiu.
Conceder-lhe-ia, um Deus, o perdão,
Porém, com veemência, sempre disse não.
Ocupado e consumido com insensatez,
Queimaram-lhe os demônios, com invalidez.
Outrora houve para ele alguma luz,
Hoje, nele, verme interno à morte faz jus.
Poderia ele, incomensurabilidade alcançar,
Qual outros, que no nada, continuam a velejar.
Celeste o caminho, deve ser, o que ele percorrer,
Assim como o de todos nós, humanos, às margens do padecer.
Pela impenetrável luz, como você, hei de morrer,
Pois só assim, findaremos, então, no enriquecer.
Erich William von Tellerstein.
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