Pandemia Espiritual
Vivei e pensai!
Indefinido será o dia, em que vós partireis.
Compreendei, analisai!
Certos do futuro, sê-lo-íeis, se vós fostes, como reis.
Reis de um império imaterial,
Colossal e inefável: o mental.
Contemplai e decidi!
Pensar-nos-íamos se não respirássemos,
O odor, terror, temor, não-térreo, do ser.
Exigir-nos-íamos, evoluções,
Com fervor, ardor, queimor, se pensássemos, no morrer.
A morte dança em nosso estranho planeta,
Conhecido como terra; para o mal, como maçaneta.
Este penetra, corrói, dilacera, eloqüentemente,
Assim como constrói, portais, incessantemente.
Embora esta um fenômeno natural seja,
A que me refiro é espectral, e almeja:
O fim! A dor! O bolor! O PAVOR!
De terras quase esquecidas, em prol do decompor.
Vivei! Ou,
Sejais como todos,
Dançantes, na grande dança da Morte.
Erich William von Tellerstein.
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