terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Poema - Morgana em Vermelhas Vestes


Vestiu-se com sangue pois sangue esta noite lhe trará,
Seja por sua adaga, seus feitiços ou forças ocultas.
Seu desejo de vingança revela-se em olhos de serpente;
Não há de falhar em tal missão tenebrosa e ardente.


Pelas florestas do leste cavalgou sozinha por gélidas noites,
Para encontrar-se com quem confia sua terrível ambição.
Um grande reino de dimensões infernais em terra, pretende,
Ao assassinar o meio-irmão príncipe; conferir-lhe-á tal presente.


Com prazer em suas veias deseja comprazer o infindo abismo,
Manifestando pelo norte, sul, leste e oeste seu egocentrismo.
Cidadãos do reino, envenenar-lhes-ão seus súditos de morte,
Atingindo suas fontes de água, injetando um mal de seu porte.


Camelot! Chamas de incontáveis infernos carbonizar-lhes-ão as torres,
Vilarejos, muros, províncias, jardins e criando invejáveis e excruciantes dores.
Apocalipse há de trazer-lhes para que possam desfrutar duma nova era,
Era de Morgana quando ousou conquistar Camelot, como sempre quisera.


Erich William von Tellerstein.

Um comentário:

Luiza Monteiro disse...

Belíssimo poema, Erich.

Parabéns!

Já leu as Brumas de Avalon?? Alí tem uma outra visão de Morgana. É interessante comparar, sendo que estas histórias ou lendas são cantadas como manda a velha e boa tradição oral.

Beijos!

Luiza