domingo, 2 de janeiro de 2011
Poesia - Luzes da Decomposição
Sinto o frio das dimensões inferiores,
e a calma das belíssimas superiores.
Encontro-me selado no vão incomensurável,
e oscilando entre a dor e a fé inabalável.
Vejo a mim mesmo no chão que era gelado;
Avisto o amplo sobrenatural contemplado.
Meus olhos captam vibrações muito sutis,
Escapar-me-ia desta morte por um triz.
Amorfas são as formas e também espectrais,
observo o passar de minha vida em murais.
Ao abismo dos momentos eu rapidamente desço,
E ao topo dos pseudo-elevados, vil, esvaneço.
Sórdidas freqüências capto nestes andares,
em direção às luzes subo! são estelares.
Do estelar encontra-se em meu corpo a pureza,
putrefazendo-se encontra-se o mesmo, doce leveza.
Surreais e oníricas são as multiformas do escuro,
As mesmas não me buscam, pois estrelas procuro.
Ausência de existência e exagero da mesma saturam-me,
Nunca tão completo e vazio, inefável, antes compus-me.
Erich William von Tellerstein.
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